Impressões do Brasil, Setembro de 2011

by Zeh on September 13, 2011

Acabei de voltar de uma viagem rápida que fiz com a Meagan pro Brasil – 12 dias, divididos entre Niterói (e um pouco de Rio de Janeiro) e São Paulo. Muito divertido. Mas, doa a quem doer, aqui vão minhas impressões rápidas do que se destacou mais:

  • Toda vez que vou pro Brasil, tenho a impressão de que tudo está mais caro. Dessa vez não foi diferente.
  • Parecer turista no Rio de Janeiro é praticamente um crime. A malandragem não deu um tempo.
  • O trânsito está cada vez pior.

Alguém realmente acha que estamos bem preparados pra Copa de 2014 ou pras Olimpíadas de 2016?

Lavando a roupa suja

by Zeh on July 25, 2011

Uma das primeiras coisas que me causaram estranhamento em Nova York (e algo que sobre o qual eu deveria ter escrito antes) é que praticamente nenhum apartamento por aqui tem máquina de lavar roupa. O normal, ao invés, é levar sua roupa pra lavanderia.

O engraçado é que, apesar da prática ser totalmente alienígena pros Brasileiros, o conceito é mais ou menos conhecido – eu, pessoalmente, já tinha visto várias vezes os personagens de um filme ou de uma série de TV levarem sua roupa pra ser lavada fora de casa.

Este vídeo da Pantera-cor-de-rosa é um dos primeiros exemplos que me lembro e, por mais incrível que pareça, é uma boa demonstração de todo o processo.

É até possível você ter uma máquina de lavar em casa – só é extremamente incomum por requerer um espaço que muitas pessoas não têm, conexões (de água) muitas vezes complicadas, e por simplesmente não fazer parte do DNA local; as pessoas levam as roupas pra lavanderia mais próxima e pronto. Boa parte das pessoas que eu conheci por aqui reagiam com extrema surpresa ao saber que todo mundo normalmente tem máquina de lavar no Brasil.

Outra parte do processo que é bastante diferente do jeito Brasileiro de fazer as coisas é que, por aqui, uma vez lavadas, você não pendura as roupas para secar, e nem passa elas a ferro – ao invés, após a lavagem, você seca elas numa secadora (centrífuga). As roupas saem super quentes (e, consequentemente, “fofinhas”) da secadora, aí é só dobrá-las ou pendurá-las num cabide. De certo modo, é um processo mais fácil e mais rápido do que o modo Brasileiro, apesar de requerer uma movimentação maior; é comum você andar na rua e ver pessoas levando um saco de roupa suja pra lavar (ou de roupa limpa pra casa), por exemplo.

Até é comum encontrar ferros e tábuas de passar roupa à venda em lojas mais voltadas pro público latino (eu tenho um ferro que uso pra passar algumas camisas e uma mini-tábua de passar), mas imagino que o processo é também diferente devido à falta de espaço nas residências locais; praticamente ninguém tem um espaço arejado pra poder ter um varal.

Quando eu vim pra cá, tive certa dificuldade em entender como fazer as coisas (como a maioria dos serviços coletivos por aqui, a lavanderia é 99% faça-você-mesmo, ou seja, não tem muita assistência pra nada). Mas levar as roupas pra lavanderia virou uma tradição rapidamente pra mim – levava tudo pra lavar, colocava na máquina, esperava a lavagem enquanto lia um livro (geralmente não compensa caminhar pra casa simplesmente pra voltar 20 minutos depois), movia tudo pra secadora quando a lavagem terminava, esperava mais meia hora, dobrava e levava pra casa. Acredito que é o mesmo pra muita gente, e lavar roupa é simplesmente visto com uma das muitas tarefas de final-de-semana do Novaiorquino típico.

Tanque (daqueles com uma torneira e espaço pra esfregar roupas) eu só vi uma vez na vida aqui, numa casa no Queens, e foi quase um choque. É algo muito incomum.

Aqui vai uma série de lavanderias – laundromats – de NY. Nenhuma das fotos é minha (são fotos públicas do Flickr), mas ilustram bem as lavanderias típicas da região.

Ô psit!

by Zeh on July 7, 2011

Se tem uma coisa que sinto falta na TV, é dos Trapalhões.

Engraçado como o quarteto conseguia alternar momentos de comédia nonsense mas extremamente engraçada (no programa de TV semanal) com momentos tocantes (nos filmes). Poucas cenas ficaram marcadas na minha memória quanto algumas das cenas dos filmes dos Trapalhões – que eu sempre tinha a sorte de ir assistir no cinema com meus pais.

Mussum era gênio:

Mas ainda choro quando vejo essa cena:

Muito já discutido sobre o quarteto, como as brigas internas que leveram à racha do grupo e as brigas por direitos autorais que fazem com que boa parte do seu acervo não esteja disponível comercialmente. No entanto, graças ao YouTube, a memória que fica é, para mim, é esta:

Variações da palavra impressa

by Zeh on July 6, 2011

Há uns meses atrás, tipo o prazer de ser presenteado pela Meagan com uma assinatura da revista Wired. Eu já tinha lido vários artigos da revista (a maioria online) e até comprava ela às vezes no Brasil quando algum assunto específico me interessava, então já conhecia bem a publicação.

No entanto, uma coisa que eu não andava fazendo muito desde que me mudei pra Nova York era ler publicações impressas com muita frequência. Foi isso que esse presente me deu a oportunidade de fazer gastar um tempo lendo uma revista, todo mês, de forma consistente, ao invés de artigos esporádicos indicados por algum amigo ou algum website.

Assim, ler a Wired todo mês me fez acordar pra algo que, de certa forma, eu já sabia, mas não tinha muita idéia da escala: revistas Brasileiras são, em sua maioria, um lixo imenso.

O que me surpreendeu é que, sem exceção, a cada número da Wired que eu encontro, 90% das matérias (por mais esdrúxulas ou aleatórias que sejam) são matérias que me despertam o interesse. Mais do que isso, as matérias não são superficiais (a maioria é extremamente longa), nem tampouco ofendem a inteligência do leitor por tentarem passar opinião como fato – o conteúdo editorial é, em sua maioria, bastante neutro, de modo a deixar o leitor tomar suas próprias conclusões. São matérias que me ensinam algo novo, ao invés de tentar me vender alguma coisa ou repetir algo que eu já sei.

Em suma, o que me deixou surpreso é o quanto minha apreciação da revista é consistente, mês após mês.

Especialmente se eu comparo isso com qualquer outra publicação das que eu lia quando estava em São Paulo.

Infelizmente, isso é um pouco como comparar laranjas com maçãs, dado o fato de que não existe um equivalente à Wired no mercado Brasileiro. Mas a impressão que me dá agora é que revistas publicadas no Brasil sempre estão ou tentando atingir o mínimo denominador comum, ou estão com uma agenda própria que ou ofende quem lê, ou repete o que o leitor já pensa com uma retórica digna de segundo grau (caso da revista com maior circulação no Brasil).

Existem exceções. Lembro de ter lido algumas edições da Revista Web Design (precursora da Revista Wide) e fiquei surpreso com a qualidade editorial, dado o mercado restrito que a revista visa atender; a Superinteressante parece estar voltando às origens e trabalhando pra manter a inteligência de seus leitores ao invés de drená-la com matérias escritas pra serem copiadas em trabalhos de escola na sexta série; e a Piauí, pelo que me disseram, é muito boa. Mas ainda assim, eu não consigo me lembrar de nenhum momento em que eu terminei de ler uma revista inteira e, ao fechar a publicação, disse pra mim mesmo, “cacete, essa revista é boa pra caralho“.

Já com a Wired eu faço isso toda hora.

E não é só a Wired. A Time e até mesmo a Fast Company são revistas que leio de vez em quando só porque alguma matéria me atraiu e termino surpreso com a qualidade editorial.

Obviamente que existem revistas escrotíssimas nestas terras. Mas não são a maioria das mais vendidas do país, como parece ser o caso no Brasil.

Falar isso dessa forma é meio foda e me dá um certo nó na garganta. Fico imaginando que alguém vai ler o artigo e me chamar de traidor nos comentários. Dá aquela impressão de que estou falando “Nosssa, mas os gringos são muuuito melhores“. Não é o que penso, mas é o que o mercado editorial Brasileiro me parece, agora, em comparação, depois de dois anos exposto aos títulos locais.

Isso me traz ao segundo ponto deste artigo: capas de revistas.

Isso é outra coisa que comecei a prestar atenção há alguns anos. Quando eu trabalhava na Grafikonstruct, parava sempre pra comprar quadrinhos numa banca de jornais em frente ao Conjunto Nacional. Lá eles têm muitas revistas importadas (as mesmas Newsweek, Time, Wired, e mais alguns outros títulos distribuidos ao redor do mundo) e vendo elas todas reunidas num canto, era gritante a disparidade entre a qualidade das capas das revistas gringas em comparação às equivalentes nacionais.

Um exemplo, da capa mais recente da Wired:

Wired cover

Composição simples: a matéria principal da revista ganha o foco (ilustração bem bacana, aliás). Elementos adicionais são mostrados no topo, mas sem tentar chamar a atenção demais. A tipografia é consistente e o peso determina a importância. Nada muito gritante. Não é a melhor capa que eles já fizeram, mas é uma boa capa.

Uma capa da Veja:

Revista Veja

Mais uma das capas onde eles querem fazer teatrinho e fazem algum tipo de foto-montagem com atores pra matéria principal, que é explicada sempre com um bloco de texto enorme, onde há pouca distinção entre título e corpo; pior, sempre listando itens da matéria de uma forma que tenta ser didática, mas que acaba dando a impressão de que a capa foi feita no Power Point. Itens adicionais no topo brigam pelo espaço e todos têm sua própria foto.

Não é pior capa que a Veja já fez, mas é bem ruinzinha.

Vejam esta comparação, desta vez entre Time e Veja, mas ambas cuja matéria principal é meio relacionada (conflito de gerações – embora um seja do ponto de vista comercial, e o outro, do ponto de vista político):

Revista Veja

Revista Time

A capa da Veja não tem peso nenhum – tudo tem o mesmo foco. Tampouco existe qualquer contraste de cor; tudo é extremamente colorido. A capa da Time, coincidentemente, lista pontos da matéria, mas usando o peso e espaçamento para distinguir entre cada item; ela não precisar fazer de conta que é um slideshow e colocar pontos no início de cada parágrafo.

Outra coisa que fica óbvia com essas capas: ambas a Time e a Wired listam os autores das matérias principais na capa. Muito frequentemente, é alguém de respeito. Já as matérias da Veja são escritas, sei lá, por alguma entidade desconhecida.

Quando veríamos uma capa destas numa Veja?

Revista Newsweek

Espaço em branco? Mas nem que a vaca tussa. O equivalente Brasileiro seria algo assim:

Revista Newsweek, versão Veja

Muito mais colorido. Fotos de capa inteira. Um gradiente desnecessário. Texto listando os pontos (óbvios) da matéria. Ordem de leitura visual questionável. Chamadas não relacionadas, mas com muito mais ênfase, no topo. Caixa alta em tudo.

Obviamente, isso tudo leva à… capa da Veja São Paulo comemorando os 447 anos de São Paulo:

Veja São Paulo

É uma capa que tem tanta coisa errada que bate uma tristeza imensa mais do que uma raiva. Algo que deveria ser especial – 457 anos da cidade, porra – é celebrado, ao invés, com uma das piores capas que a revista já fez (a Veja São Paulo não é exatamente brilhante com suas capas, mas tem discernimento pra acertar, às vezes).

O mais triste disso tudo – evidenciado por posts como esse e esse e seus comentários – é que nada disso importa. As capas são, sim, horrendas se você tenta julgá-las sob o ponto de vista crítico de design – mas ninguém liga, porque ninguém percebe, ou pior, acha que tentar se preocupar com o design de algo é ser intelectualóide.

Sei lá. No final das contas, esse é mais um post reclamão. Nada muito edificante.

Mas há um tempo atrás tomei a decisão de ir postando aqui minhas impressões da cidade e da cultura local conforme o tempo, e é inevitável que essas comparações aconteçam; e quando elas acontecem, prefiro escrever aqui do que ignorar o óbvio só pra ficar no super positivo.

Brasileiros em Nova York

by Zeh on June 27, 2011

Com o início do verão em Nova York, começa também uma das fases mais populares para o turismo na cidade (a outra, curiosamente, é durante o pico do inverno, durante o natal e ano novo). Coincidentemente, hoje vi a notícia de que o gasto de Brasileiros no exterior bateu recorde para o mês de maio.

Antes de me mudar para cá, eu tinha a impressão – provavelmente influenciada por notícias que tinha lido na mídia Brasileira – de que existiriam vários Brasileiros trabalhando ilegalmente pela cidade. De que eu ia lá comprar um cachorro quente na esquina e seria atendido por um Brasileiro.

A realidade é um pouco diferente. A cidade tem muitos imigrantes – legais ou não (não faço idéia e acho que ninguém liga) – mas é muito difícil encontrar Brasileiros nessa posição. Eles existem, tenho certeza, mas comparado às outras nacionalidades encontradas por aqui, são uma fatia muito pequena. Acho que a tendência do Brasileiro é mais ficar ao redor das comunidades Brasileiras que existem por aqui; se vou no Supermercado Brasileiro no Queens, por exemplo, todo mundo que trabalha lá é Brasileiro, já que a região é o reduto da comunidade Brasileira na Grande Nova York. Já no Brooklyn e em Manhattan, é muito mais fácil encontrar gente do resto da América Latina ou do Oriente Médio em trabalhos mais, digamos, urbanos.

O Brasileiro típico em Nova York, ao contrário, é turista de luxo – pelo menos, pro comércio local.

Existem certos locais da cidade onde você vai e você sempre vai encontrar Brasileiros. Me dá sempre um estalo quando estou andando na rua, ouvindo pessoas falando em inglês ou alguma língua desconhecida ao meu redor, e ouço um Português do Brasil (muitas vezes em conversas constrangedoras, já que assumem que ninguém ao redor está entendendo). Isso acontece sempre em alguns dos pontos mais badalados (para turistas), ou mais conhecidos da cidade: Times Square, Quinta Avenida, ou muitos dos museus mais famosos da cidade; e, obviamente, nos muitos destinos de quem quer fazer compras: lojas como Nike Town, Toys’R’Us, Victoria’s Secret, Diesel, Levi’s e outras marcas que são conhecidas no Brasil, mas de difícil acesso.

A razão é bastante óbvia. Os preços de muitos produtos aqui em comparação com os preços do Brasil (após taxas de importação e envio) são infinitamente mais baratos. Então, quando um Brasileiro vem pra Nova York, ele quer é fazer compras – pra si mesmo, pra família, pra conhecidos. A impressão que dá é que visitar pontos turísticos é a segunda opção, e aproveitar o turismo gastronômico ou musical, a terceira. É uma situação estranha, que cria um certo tipo de sacoleiro de luxo, a ponto de que, muitas vezes, dá pra identificar turistas Brasileiros à distância, só pelas marcas das sacolas que estão sendo carregadas.

Obviamente, não sei como é a situação no resto dos Estados Unidos. Mas, por aqui, é fácil ver porque o Brasileiro é bem visto pelo comércio local: porque ele compra em grande quantidade, sem muita reticência. Afinal, ele vai estar pagando, aqui, metade do que pagaria no Brasil; vai levar tudo que puder. O Brasileiro, talvez não tão surpreendentemente, gasta mais no exterior do que turistas de qualquer outra nacionalidade.

É um pouco estranho parar pra pensar que a razão desses produtos serem tão desejados pelo Brasileiro é exatamente o fato do acesso ser tão difícil no Brasil, dada a elevação do preço em nossas terras: faz com que o impulso para comprar algo aqui antes de viajar de volta seja muito maior. Por mais consumerista que acreditemos que o mercado Norte-Americano seja, aqui você praticamente nunca vê alguém desejando loucamente um tênis, um telefone ou um tablet a ponto de economizar dinheiro durante meses ou semanas pra adquirir o objeto de desejo (assim como vê no Brasil); por isso acho que, quando um turista Brasileiro chega aqui, tem um certo choque com o preço de tantos produtos e acaba querendo comprar tudo que vê pela frente. E digo isso porque foi exatamente assim que me senti quando me mudei pra cá: não acreditei no quão baratos eram produtos de consumo – principalmente eletrônicos – e queria de cara comprar de tudo (só me segurei porque ia demorar um tempo pra receber meu primeiro pagamento devido à burocracia local empregatícia e tive várias despesas de mudança, então tive de economizar tempo suficiente pra onda de choque consumista passar).

Me faz pensar o quanto desse dinheiro não poderia estar sendo gasto localmente, dentro do Brasil, e gerando empregos, ainda que indiretamente, se taxas de importação e outros impostos não fossem tão altos. Ao invés, faz com que a classe que pode venha pra fora do país, pra gastar o dinheiro por aqui, e levar de volta produtos que, na real, nem foram fabricados nos Estados Unidos. Sei lá, é meio esquisito.

De mudança em mudança

by Zeh on May 23, 2011

Em Nova York, fazer mudança é quase um passatempo. É algo tão comum que é parte integral da vida de qualquer um que vive aqui.

Esta semana, assino o contrato de aluguel (leasing) do quinto apartamento onde irei morar desde minha chegada aqui. Estou aqui há menos de dois anos e, quando paro pra pensar, morar em 5 lugares diferentes em menos de dois anos soa algo absurdo para alguém vindo do Brasil, quase crimimal. Mas aí me lembro de onde estou e a coisa faz mais sentido.

Pra recapitular, desde que cheguei aqui, morei nos seguintes lugares:

  • Hoboken, New Jersey: em minha primeira semana em Nova York, fiquei no apartamento de um amigo enquanto procurava um lugar pra morar.
  • Crown Heights, Brooklyn: enquanto decidia pra onde me mudar, aluguei um apartamento temporário (por um mês) no Brooklyn pra me auxiliar na decisão. Gastei esse mês andando de bibicleta pelo Brooklyn e decidindo que bairro eu gostava.
  • Williamsburg (I), Brooklyn: tive que decidir meu primeiro apartamento “real” de forma meio brusca. Não gostava muito do apartamento, então fiquei aqui um ano – a duração do meu contrato.
  • Williamsburg (II), Brooklyn: me mudei pra um apartamento a poucos quarteirões do meu apartamento anterior. Fiquei aqui também um ano, e agora que estou morando com Meagan, minha namorada, decidimos procurar um lugar maior, com um espaço separado (“escritório”) para computadores e outras tralhas.

A verdade é que em Nova York o mercado imobiliário é extremamente acelerado. Você visita um apartamento, decide se quer ele (ou não) e assina o contrato em pouco mais de um dia; não dá pra ir juntando opções pra decidir depois, por exemplo, porque apartamentos são geralmente alugados poucos dias depois de estarem disponíveis. A resposta é geralmente dada no mesmo dia que você faz a visita. É algo que não percebi a princípio, quando estava procurando meu primeiro apartamento para alugar, e acabei perdendo uma boa oportunidade por causa disso (quando dei a resposta positiva, o apartamento que tinha decidido alugar já tinha sido negociado com outra pessoa).

Tudo isso, somado ao fato do contrato padrão de aluguel ser de 1 ano, faz com que seja muito comum as pessoas se mudarem. É bastante frequente que algum amigo seu não possa fazer algo em determinado final-de-semana porque ele ou ela tem de se mudar ou procurar um apartamento, e é muito normal ver pequenos caminhões de mudança circulando pela cidade. Da mesma forma, ver alguém chegando (ou saindo) de mudança não é um grande evento; é só mais um acontecimento de rotina.