O golpe do gás
by Zeh on December 5, 2012
Nos moldes do texto sobre sites e pizzarias, encontrei mais um texto antiquíssimo, da infância da Internet comercial no Brasil e criado por falta de algo mais criativo pra se fazer. Este foi desenterrado pelo Alessandro Straccia e postado no Facebook há uns dias atrás.
Pra explicar o contexto: há mais ou menos 10 anos atrás, correntes começaram a se proliferar via e-mail, avisando contra escambos e truques perpetuados por terceiros. Obviamente, muitos desses avisos eram mitos sem fundamento, mas acabavam sendo encaminhados por amigos e conhecidos preocupados em ajudar mas sem tempo para ler as mensagens de forma mais crítica. Fenômeno tão comum que acabou dando origem a sites como o Snopes (e, infelizmente, ainda rotineiro hoje em dia).
Enfim. Em determinado momento, a quantidade de correntes que recebemos foi tamanha que decidimos criar uma corrente própria e divulgá-la, para ver se ela sobrevivia. O resultado, escrito pelo Ivan Clever e Alessandro Straccia (se bem me lembro), é um email de cautela contra o que ficou conhecido como Golpe do Gás.
Galera, cuidado. Novo golpe na praça (também conhecido como golpe do gás).
A quadrilha age da seguinte forma: primeiro você recebe uma chamada em casa. A pessoa se identifica como sendo um funcionário da companhia de gás e pede para você ir até a cozinha e acender todas as bocas do fogão simultaneamente.
Quando você faz isso, eles dizem que constataram um vazamento perigoso através da rede e informam que o conserto devera ser efetuado ate o final do dia. Para isso, o técnico ira precisar de seu cartão de banco ou de credito para limpar as obstruções na tubulação do gás.
Pedem para você deixar imediatamente o seu cartão em frente a sua casa (ou edifício) próximo a uma árvore ou arbusto ate que o serviço seja concluído, quando o cartão será devolvido.
Desavisada, a vítima não acha estranho deixar o cartão na calçada, previamente preparada; enquanto isso, esquilos treinados descem da árvore por um tubo e decoram os números do cartão de credito e gravam a assinatura no verso de uma placa cuidadosamente preparada com palha e saliva, depois lambem a tarja magnética do cartão e sutilmente o devolvem por debaixo de sua porta.
Sem saber de nada, a vítima fica feliz em receber o cartão, mas já é tarde demais.
Outros integrantes do bando, altamente treinados, ligam para sua casa identificando-se como funcionários da empresa de cartões de credito (ou do seu banco) solicitando que você passe a língua na tarja magnética de seu cartão para um teste de rotina.
Desavisada a pessoa cai em um sono profundo causado por uma enzima presente na saliva dos esquilos. Ao acordar, a vítima sente um forte gosto de peixe na boca. O gosto persiste por dias, deixando a vítima sem esperança de ter seu paladar de volta.
Através de uma mala direta, a vítima é informada sobre um novo “spray” para o hálito que esta sendo vendido pelo telefone. Sem a menor suspeita de que estão sendo enganadas e já desesperadas com o gosto de peixe que não parece diminuir, a maioria das pessoas acaba por ligar para solicitar o tal produto. É neste momento que a trapaça ocorre.
Ao receber a encomenda, a vítima rompe o lacre da embalagem libertando ácaros especialmente criados em laboratório que vão aliciar os já existentes em sua casa e instrui-los a roubar seus cigarros.
Fora de controle, a vítima procura em vão seu maço de cigarros, a essa altura já em poder dos meliantes, até decidir ir a uma loja de conveniência comprar mais. Mas “eles” já estão lá, disfarçados de frentistas do posto e balconistas. Na loja, avisam que o “ar condicionado da loja esta quebrado” e pedem a ajuda da inocente vítima para apertar uma serie de botões coloridos e luminosos enquanto um dos funcionários parece manejar ferramentas dentro do aparelho, nos fundos da loja. Completamente cega e hipnotizada, a vítima tem suas roupas amassadas e seu cabelo desarrumado. Outros integrantes do bando sujam a pessoa com chocolate e batom deixando a pessoa deitada de costas no chão da loja de conveniência.
Ao sair do transe, a vítima constata seu estado e na maioria das vezes foge desesperada deixando para trás seu dinheiro e talão de cheques.
É preciso muito cuidado. Casos semelhantes já ocorreram com deficientes visuais que receberam malas diretas em braile solicitando que a pessoa passasse os dedos na superfície de um cartão anexo, sem saber que o cartão transfere digitais novas para os dedos da vítima.
Depois, integrantes do bando roubam bancos e repartições publicas usando luvas com digitais iguais, incriminando os pobres ceguinhos. Fique atento e envie esta mensagem para todas as pessoas que puder!
Avise seus amigos!